Especial HP - entrevista com Brunna, do site Potterish

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No mês de julho fará um mês que o último capítulo da saga Harry Potter chegou aos cinemas. Com um misto de diversas emoções, eu estava na fila, para assistir a estreia de Relíquias da Morte parte 2. E o filme superou todas as expectativas e tocou profundamente meu coração de fã. Sendo assim, trago hoje uma entrevista especial, como uma singela uma homenagem à essa saga amada nos quatro cantos do mundo. A entrevistada é a colunista de um fã site brasileiro super conhecido e apreciado sobre a série, o "Potterish". Vamos aproveitar para compartilhar nosso amor pelos bruxinhos mais lindos e amados!

*clique nas imagens para ampliá-las. 

1.   Há quanto tempo você está na equipe do Potterish e qual sua rotina de contribuição para o site?
R: Sou colunista do Ish desde 8 de Fevereiro de 2010 – foi um dia tão feliz que nunca vou esquecê-lo! Eu realmente gostaria de contribuir mais para o site, mas alguns problemas pessoais já vieram com irritantes bloqueios para escrever, por isso tenho menos colunas publicadas do que ainda em fase de planejamento. Pude observar que toda a equipe de colunistas fica mais produtiva quando em torno da típica Coluna Conjunta de Natal. Em média, tenho contribuído com uma coluna a cada três ou quatro meses.

2.   Quando e como você teve o primeiro contato com a série Harry Potter? Você esperava que ela seria o que é hoje?
R: A primeira vez que ouvi falar sobre Harry Potter foi pouco antes do 1º filme, quando minha irmã me contou que viu o livro na biblioteca pública que freqüentava e achou que eu gostaria da história. Obviamente, ela não se enganou. Fomos assistir Pedra Filosofal no cinema em seu aniversário, eu tinha 8 anos e fiquei simplesmente encantada. Naquela época, eu era pequena e sabia que aquele era o assunto do momento e merecia ser, porque já achava o mundo onde Hogwarts existia um lugar maravilhoso. Porém nunca poderia prever o tamanho, a dimensão do sucesso que Harry Potter teria no “mundo trouxa”. Não sabia que a fala de Minerva McGonagall no início da história se concretizaria realmente, como uma profecia, apesar de hoje, conhecendo a série como conheço, não me surpreender que ela tenha ganhado o nosso mundo.

3.    Em sua opinião, qual o motivo do sucesso de Harry Potter?
R: Para mim, um grande motivo é o fato de fantasia e realidade se misturarem constantemente. Jo Rowling redefiniu elementos literalmente fantásticos já conhecidos, acrescentou uma inventividade incrível e trouxe magia para a nossa realidade. É claro que o sucesso também se deve ao fascínio que voar em uma vassoura super potente e aprender a praticar feitiços e preparar poções exerce, mas principalmente à identificação dos leitores com os personagens e à ideia de que mesmo no mundo mágico nem tudo é possível: os bruxos também convivem com a dor da perda causada pela morte; não podem sair fazendo o que quiserem sem respeitar as leis porque serão punidos se o fizerem; vão a uma escola aprender tudo que é necessário para se formar; tem em seu próprio esporte muitas semelhanças com os nossos e o jogam e torcem tão fervorosamente quanto nós; assim como qualquer trouxa, encontram em palavras de sabedoria de alguém ou de um livro uma grande fonte de magia, podem ter sua vida salva pela lealdade e coragem de um amigo, lutam até o fim por algo que valha a pena. Enfim, o sucesso está na autenticidade dos personagens, seus atos e sentimentos que compartilham conosco.

4.    De quais outras sagas literárias ou autores você é fã?
R: Essa é uma ótima pergunta, porque eu sou uma dentre milhões de fãs que tiveram sua paixão por sagas bem elaboradas despertada por Harry Potter. E elas vão desde aquelas que ajudam a formar a base do que chamamos de literatura fantástica, como As Crônicas de Nárnia, até bem sucedidas sagas atuais, como Jogos Vorazes, Percy Jackson e Crepúsculo. Bem, além dos autores dessas sagas, gosto dos estilos de Markus Zusak, William Paul Young, Francine Prose, Eoin Colfer, Kate Thompson, Sara Gruen, Marc Lévy e Kim Edwards. Já entre os nacionais, sou fã de Moacyr Scliar, Ana Maria Machado, Luis Fernando Verissimo, Pedro Bandeira, Ruth Rocha e Sylvia Orthof.

5.   Qual foi a notícia postada no site que teve maior repercussão até hoje? Por quê?
R: Até onde eu sei, a notícia de maior repercussão (pelo menos desde que eu frequento o Potterish) foi a que anunciava o início do cadastro antecipado no Pottermore, com uma pista diferente a cada um dos sete dias destinados para encontrar a Magical Quill. Realmente, é memorável: foram quase mil comentários na mesma postagem! Tudo bem que com a aproximação de cada filme - e o bombardeio de notícias à respeito - o servidor já não aguentava e alguma seção ficava fora do ar, ou só uma versão light do site podia ser carregada. Mas, espere, isso foi depois do último filme! Ninguém previa que depois de Jo nos surpreender com um presente chamado Pottermore, os fãs surpreenderiam a si mesmos movimentando ainda mais o fandom.

6. Qual o seu livro preferido, e qual o filme melhor adaptado, em sua opinião? E os piores?
R: É tão difícil escolher um livro preferido! Todos são parte de um todo, maravilhosos, eternos favoritos, cada um tem um significado especial. Só que o que mais me impressionou foi o sétimo, Relíquias da Morte, então acho que posso chamá-lo de preferido. Quanto aos filmes, apesar de achar que os primeiros foram adaptados de forma adorável, também não tenho como não eleger Relíquias da Morte. As duas partes – o início do fim e o fim , de fato - se completam como um verdadeiro ode à série toda, é muito emocionante ver como transpuseram o desfecho das páginas para a tela. Uma coisa que deixa a desejar é a ausência da morte de Rabicho que deveria ocorrer na Parte 1, de toda aquela tensão emocional significativa que leva a isso. Agora, o filme que eu considero com a maior falta de elementos importantes, apesar de amá-lo e ficar muito satisfeita em relação a alguns aspectos como trilha sonora e desenvolvimento de determinados personagens, é Enigma do Príncipe. Mas a essência das informações não esclarecidas visualmente no 6º filme - e o que porventura ficou faltando em seus anteriores – de certa forma entrou em foco em ambas as partes da sequência final, por isso valorizo todos os filmes, o conjunto da obra em si.

7. Eu passei por um momento muito emotivo quando a série chegou ao fim, com o lançamento do último filme, em julho de 2011. Como foi esse momento para você e para a equipe do Potterish?                                                          
R: Realmente, foi um momento muito emotivo. E também de pura dedicação para os membros da equipe que representaram o site na 4ª edição da Cobertura Potterish, registrando em fotos e vídeos a pré-estreia e a estreia do final épico nos cinemas e distribuindo jornais e brindes exclusivos para os fãs. Nossa cobertura marcou presença em 56 cidades brasileiras e em três outros países (Inglaterra, Estados Unidos e Japão), inclusive na Première Mundial de Londres e na Première daqui do Rio de Janeiro com Tom Felton.
A minha parte foi cobrir a pré-estreia e a estreia em dois conhecidos shoppings cariocas (no Norte Shopping e no New York City Center, respectivamente) e, mesmo com toda a correria, pequenos contratempos e enorme ansiedade, tudo correu bem. Contei com a ajuda da minha irmã e de meus amigos de escola para registrar cada detalhe por lá: as filas gigantescas, os inúmeros e bastante criativos cosplayers, e as emoções conflitantes, alegria e tristeza, que tomavam conta de todos os potterianos ao viver a expectativa de estar a um passo do último filme. Seja nos cinemas em que
eu fiz a cobertura, seja na Urca - onde grande parte da equipe do Ish cobriu a Première do Rio -, seja em Campinas - onde a colunista Bruna Moreno fez sua cobertura que relatou em  texto -, em Londres – para onde membros do site viajaram com sua "fantrip" e puderam ver de perto o elenco, os cineastas e a própria autora -, ou em qualquer outro canto do mundo em que algo como a Cobertura Potterish estivesse sendo realizado, todos nós compartilhamos um momento pleno de união e nostalgia que, embora parecesse uma despedida, era simplesmente a transição para um recomeço.

8.  A série desperta muitas emoções nos fãs. Diga-nos qual o momento mais emocionante que você viveu relacionado à série (seja quanto aos livros ou aos filmes) e qual o momento mais frustrante.
R: Acompanhar Harry não é uma tarefa fácil, a gente sofre e vibra junto com ele durante toda a sua jornada, a ponto dessa jornada passar a também ser nossa, então são mesmo muitos os momentos de emoção. Acho que quando mais me emocionei foi da primeira vez que li a sequência final do último livro e em que vi o último filme, assim como da primeira vez em que assisti documentários como Harry Potter And Me, J. K Rowling – A Year In The Life e Quando Harry Deixou Hogwarts. Frustrada eu só fico por não ter começado a ler os livros antes dos 14 anos 

9.    De qual Casa de Hogwarts você seria e por qual motivo?
R: Sem dúvida, eu seria da Lufa-Lufa. E não apenas por ter caído nessa Casa em todos os testes que já fiz internet afora - inclusive no principal, a seleção do Pottermore -, mas porque realmente, se eu for parar para pensar, é com a Lufa-Lufa que eu mais me identifico! Antes de ser corajosa, inteligente ou ambiciosa, eu sou uma pessoa leal e paciente, prezo a sinceridade, procuro não deixar de enxergar o lado bom das coisas, e acredito que por mais difícil que uma situação seja, sempre pode haver esperança de dias melhores.

10. Para muitos fãs, Harry não é o personagem preferido (embora, para mim, seja ele mesmo). Qual é o seu e por qual motivo?
R: Minha vontade é enumerar todos os muitos personagens que amo igualmente e levarei comigo para o resto da vida – o que inclui Harry e aqueles que permaneceram ao seu lado - mas vou tentar ser concisa. Hermione sempre foi minha personagem preferida. Ela sempre foi honesta consigo mesma e determinada, lutou por seus ideais sem medo de usar tudo que sabia a favor do que acreditava, mostrou o verdadeiro valor da amizade. Sua força como heroína é inspiradora para os que cresceram com ela ou a viram crescer.

11. Ao longo de mais de uma década, acompanhamos o desenvolvimento da história e dos atores. Como você vê o desempenho de Daniel Radcliffe no papel de Harry Potter ao longo dos filmes? Você acompanha os atores fora da série?
R: Acho que Daniel evoluiu bastante ao longo dos filmes, que aprendeu muito com a experiência do elenco e da equipe com que conviveu por dez anos e que teve uma responsabilidade e tanto ao fazer o papel de Harry desde pequeno e manter os pés no chão. Desde os jovens atores aos artistas de peso que interpretaram personagens tão singulares e complexos, eu acompanho seus novos projetos e torço por cada um - e não só por seu envolvimento com Harry Potter, mas pelo comprometimento com seus papéis e talento genuíno que demonstraram ao público.

12. Aponte falhas na história ou diga-nos o que mudaria. 
R: Eu não me atreveria a mudar nada. Nem as mortes dos personagens queridos, por mais que sejam dolorosas. Simplesmente pela mesma dura verdade universal que está nos livros: a morte é irreversível. E foram necessárias para estabelecer o impacto da destruição que uma guerra causa no mundo, as consequencias que isso gera. Por mais teorias que existam e por mais que eu submerja num oceano de fanfics bem escritas, a história foi tecida pela autora e, adaptações a parte, só cabia a ela mudar algo.

13. Qual o papel de Harry Potter, segundo sua visão, para a cultura atual?
R: Harry Potter tem uma importância cultural impactante por ter revolucionado a literatura infanto-juvenil, abordando temas atemporais e falando a todos os públicos com suas características próprias. É tão animador saber do contingente de pessoas que aderiram à leitura e ganharam estímulo através de HP! Uma série literária que impulsionou a criação de organizações de caridade - como aconteceu com a fundação da HP Alliance por fãs e da Lumos por Jo - e de um novo gênero músical - como o Wizard Rock – transmite um tipo de riqueza que não é possível mensurar e será um  grande legado para as próximas gerações.

14.O que você achou do destino final de Harry? E do epílogo?
R: Ideal para o desfecho da história. Se Jo não mostrasse aos leitores a possibilidade de um novo começo para Harry, Rony e Hermione, não estaria fazendo jus ao que sempre quis transmitir em seus livros. Eu tenho um carinho muito especial pelo Epílogo, é a prova de que há coisas que nunca terminam. Entrar no Expresso com Al renova a sensação de ter 11 anos e estar à caminho de Hogwarts pela 1ª vez, assim como dar adeus a Harry faz com que eu me coloque na pele dele, sentindo que algo me está sendo tirado mesmo que não seja um adeus definitivo. É reconfortante saber que tudo fica bem no final, tanto que não deixo de reler os “Dezenove Anos Depois” em nenhum 1º de Setembro, virou uma tradição. (Risos)

15.Você gostaria que J.K. Rowling escrevesse mais livros da série, ou concorda que ela deveria partir para outros gêneros e que o fim de Harry realmente chegou?
R: Acredito que Jo fechou um ciclo e que por mais que existam histórias adicionais em sua mente genial, o sétimo livro será sempre o desfecho da história de Harry, como ela planejava desde o início. Mas não descarto a ideia de uma futura enciclopédia ou mais algum livro extra da série, até porque Jo lançou Os Contos de Beedle, o Bardo e abriu as portas do Pottermore já tendo concluído a história. E eu fico na maior expectativa para conhecer o novo livro, bem diferente de Harry, que ela publicará este ano! Sempre tive confiança de que ela nunca deixaria de escrever.

A entrevistada: 
Brunna Cassales é uma carioca de 19 anos que tem muito orgulho de integrar a equipe de colunistas do Potterish.com, site brasileiro com o mais vasto conteúdo sobre Harry Potter que continua em “vigilância constante” para suprir todos os pottermaníacos.

Muito obrigada à Brunna e ao Potterish!

O blog Reino Xadrez não poderia deixar de homenagear a série, mesmo que singelamente, já que, segundo Alvo Dumbledore, "as palavras são nossa mais inesgotável fonte de magia".





5 comentários:

Laisa disse...

Nossa, adorei.
Sou fã de HP e irei aguardar a homenagem.
Sabe, a entrevista da Bruna tá muito legal.
Parabéns, bju

Anônimo disse...

ÊEEE, Potterish!!! Eu acesso o site há mtos anos, é ótimooo


Cheirinhos, Luma.

Fabiane Ribeiro disse...

Oi meninas!
Obrigada pela visita ao blog!
O Potterish realmente é excelente, tbm o conheço há anos!

Um beijo!

Fabiane

Anônimo disse...

Potterish é um ótimo site, realmente, e a Brunna, além de uma escelente escritora (Tanto das colunas como de Fanfics) me emocionou com suas palavras...

Fabiane Ribeiro disse...

Anônimo,

falou tudo!!

Obrigada pela visita,

Beijos
Fabi

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