Quem não leu a resenha do volume 1, pare tudo e clique aqui.
Assim, você já ficará por dentro do universo e da mitologia criados por Selène
D’Aquitaine na trilogia Annástria.
Estamos falando agora do volume dois.
Superior ao seu antecessor, o livro surpreende pelas
mudanças que realiza na série. Enquanto eu concluía a leitura, pensava que era
possível lê-lo e apreciá-lo até mesmo sem ter lido o volume 1. E isso é um
grande mérito à narrativa.
Ele começa se diferenciando, pelo fato de que agora temos
quatro partes distintas que compõem o livro e cada uma delas apresenta um
narrador em primeira pessoa.
Se, no volume 1, acompanhamos as aventuras de Darin e Ímpar,
agora somos conduzidos inicialmente à narrativa de Stellnaja, narradora da
primeira e mais extensa parte do livro.
A jovem, que vive em um internato na França (o livro começa
na dimensão dos humanos – isto é, após um prólogo mágico e aterrador, na
verdade) tem uma terrível maldição.
Durante um sonho, uma naja aparece desenhada em seu braço e
ela descobre que tem o “poder” de se transformar no animal.
“Sonhei que estava perdida em uma floresta [...]. De repente senti uma
estranha queimação em volta do meu pulso direito até a palma da mão. Quando
olhei para o meu braço gritei de susto. A imagem de uma cobra naja esverdeada começou
a surgir na minha pele [...]. Pouco a pouco meus olhos começaram a arder e
senti um forte gosto de veneno na minha boca. Meus dentes também doíam muito
como se estivessem crescendo rapidamente e se transformando em presas afiadas e
venenosas” (Pág. 13).
Além disso, sua missão está relacionada aos já conhecidos
personagens, Darin e Ímpar, sendo que ela deve ajudá-los a salvar a dimensão
annastriana. Para começar, Stellnaja precisa encontrar os sete escolhidos –
heróis perdidos no tempo. Assim, ela viaja pelo tempo e pelas dimensões até
encontrá-los.
Cada viagem é muito legal e cheia de surpresas e, uma vez
que os sete foram encontrados, ainda temos mais ação na narrativa, quando novos
desafios surgem e, principalmente, quando Stellnaja, os sete escolhidos, Darín
e Ímpar estão juntos na história.
Continuamos a série “Annástria” também com uma boa base de
fantasia e misticismo:
“– Lago Circe – sussurrou ela. – Precisamos ter cuidado. As guardiãs do
lago são muito ariscas.
– Sereias? – perguntei sorrindo.
– Quase. As guardiãs do lago Circe são, na verdade, meio elfas e meio
cavalo-marinho” (Pág. 95).
Darin e Ímpar ainda precisam cumprir as provas e encontrar
as penas do jovem príncipe, para salvarem Annástria da destruição. Mas os
desafios aumentam. Além de perderem as penas, Satine está cada vez mais
perversa:
“– A sua ideia, minha dama, de ressuscitar e multiplicar os espíritos
mais perversos dentre todas as dimensões, incluindo muitos humanos, está
funcionando” (Pág. 179).
A segunda narrativa fica por parte de Ímpar e também está
repleta de surpresas. Já a terceira parte do livro é narrada por Darin, e a
última (e mais curta) fica por conta de William. As grandes passagens estão nas
duas primeiras partes, mas isso não desmerece o restante.
O final deixa um gancho legal para uma continuação, que
promete encerrar em grande estilo uma série tão bem pensada e construída.
A narrativa de Selène é fluida e, com capítulos curtos e bem
divididos, o livro passa num toque de
mágica, apesar de extenso.
Não sou amante de literatura fantástica, mas rendi-me à
Annástria e, principalmente, aos seus personagens e cenários exóticos.
Leitura aprovada e recomendada!
Informações:
Título: Annástria e os sete
escolhidos (volume dois da trilogia Annástria)
Autora: Selène
D’Aquitaine
Gênero: Ficção, Fantasia
Editora: Ícone
Páginas: 456
Conheça mais sobre a autora e seus livros no blog de Selène D'Aquitaine.
Confira aqui uma entrevista exclusiva com ela.
4 comentários:
Esse livro parece ser dos bons no gênero da fantasia. Vou marcar como meu desejado.
Oi Vivi!
É isso mesmo.
Espero que tenha a oportunidade de conferi-lo.
Um beijo
Cada vez mais orgulhosa dos autores nacionais!!
hihihih
Obrigada, Luciana!!!
Beijinhos
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