Entrevistado: Carlos Orsi, escritor e jornalista, vive em Jundiaí (SP) e tem 40 anos. Já publicou dois livros de contos (“Tempos de Fúria” e “Medo, Mistério e Morte”) e dois romances (“Nômade” e “Guerra Justa”), além de ter participado de várias antologias. Agora em novembro, lança seu primeiro livro de não-ficção, “O Livro dos Milagres”.
1. Carlos Orsi, obrigada pela entrevista. Comece falando sobre como você define sua obra “Nômade”.
É um livro de aventuras de ficção científica para jovens. Eu queria produzir um livro juvenil que fosse uma alternativa, movimentada e divertida, aos vários livros de fantasia destinados a esse público. Nada contra a fantasia, mas creio que era importante equilibrar um pouco o cardápio com outros gêneros.
2. Eu li o livro recentemente e fiquei admirada com sua criatividade para os cenários e também para a resolução de certas criações. Como foi esse processo criativo?
Eu queria duas coisas, basicamente, quando comecei o livro: primeiro, que fosse uma obra de ficção científica que realmente respeitasse a ciência e, segundo, que ele tivesse um pouco de cada tipo de história clássica de aventura – incluindo aventura na selva, labirinto, realidade virtual...
3. De todos os personagens que você já criou, algum deles tem um significado especial para você? (vale ser de outro livro seu, não apenas de Nômade).
Acho que o personagem que mais gosto é Hieron de Zenária, um filósofo errante que percorre um mundo meio parecido com a Era Hiboriana de Conan, o Bárbaro. Uma história dele deve sair em breve na antologia Brinquedos Mortais, da Draco.
4. Como foi o início de sua trajetória literária?
Foi na terceira série do primário, acho! Fiz uma redação que foi um sucesso. Desde então, de um jeito ou de outro, a ideia de ser escritor sempre esteve comigo...
5. Conte-nos qual seu maior sonho como escritor.
Viver de escrever! Eu brinco que a maioria das pessoas tem “só” duas vidas para administrar – a profissional e a familiar – mas quem escreve tem três. É complicado. Se desse pra profissional e a literária virarem uma só, seria bem melhor...
6. De qual tribo de Nômade você seria e por qual motivo?
Eu? Hmmm... Acho que da tribo de Autólico. Porque ela é a mais misteriora do livro!
7. De onde surgiu a ideia para criar os Pseudroides?
Bom, eles surgiram, basicamente, de uma necessidade do enredo, que não posso comentar agora para não estragar a história... Mas que fica clara quando se lê o livro. No geral, eles me pareceram uma extensão natural do conceito de realidade virtual.
8. É muito curioso que no fim do livro há uma foto sua na Antártida. Como foi essa experiência?
Foi muito estimulante! Passei uns 20 dias lá, a convite da Marinha do Brasil, com direito a descer pela escadinha de corda do navio em meio a um vento forte e passeio de helicóptero com as portas abertas. Me fez respeitar muito não só a Marinha, mas também os cientistas que dedicam suas carreiras a estudar um lugar tão inóspito.
9. Deixe um recado a todos apaixonados pelo universo literário.
Continuem lendo e, sempre que puderem, comprem os livros de seus autores favoritos! É importante manter um mercado vivo e saudável.
Carlos Orsi na Antártida |
Para ler a resenha que fiz de Nômade, um dos livros do autor, clique aqui.
E para ler mais entrevistas do Reino Xadrez, clique aqui.
3 comentários:
Fiquei com vontade de ler! Amo aventura!
Respeito muito o trabalho do autor Carlos Orsi. Acho-o muito comprometido com a literatura.
Parabéns pela entrevista, Fabi.
Um abraço.
Obrigada Vivi e Paul,
tbm admiro muito o trabalho do autor!
Beijos***
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