“A
verdade é que gosto do meu trabalho – disse Virgil. – Só não gosto o tempo todo”.
Terra sem lei
possui todos os elementos das narrativas do consagrado autor John Sandford.
Mistérios, reviravoltas, bom humor e um protagonista já conhecido pelos
leitores.
O detetive Virgil Flowers tem suas férias
interrompidas devido a um crime que precisa de seus serviços para ser
solucionado.
Erica, uma mulher rica e bem sucedida, sócia em uma
agência de publicidade, foi encontrada morta, com um tiro na testa, durante um
passeio de barco na pousada na qual estava hospedada, a Ninho da Águia.
No local, dando início às investigações, vários
detalhes da cena do crime chamam a atenção de Virgil e da perícia, assim como
vários suspeitos são detectados. Algumas pessoas poderiam se beneficiar com a
morte de Erica, já que ela estava prestes a comprar mais ações da agência, o
que lhe daria mais poder de decisão, e muitos sabiam que assim que isso
acontecesse, Erica planejava fazer uma limpa no quadro de funcionários.
Além disso, há anos ela tinha um relacionamento com
outra mulher, mas não parecia estar sendo muito fiel à companheira, inclusive
durante os dias em que passou hospedada na Ninho da Águia, que era uma pousada
apenas para mulheres, e que, conforme Virgil foi investigando, guardava vários
segredos obscuros.
Naquele local afastado de tudo, uma das diversões que
as clientes da pousada encontravam, além da pesca, dos passeios no lago e de desfrutarem
a natureza, era ir a um bar local, onde a banda de Wendy se apresentava.
Wendy é uma celebridade local, conhecida por sua boa
aparência, temperamento forte e talento como vocalista. Ela conhecia a vítima
que fora morta na pousada e parecia guardar segredos a respeito disso. Conforme
dá prosseguimento às investigações, Virgil descobre cada vez mais detalhes que
ligam a banda de Wendy não apenas ao assassinato de Erica, mas também a outros
crimes ocorridos na região, que podem estar conectados.
Outras vítimas são feitas, enquanto a identidade do
culpado não é descoberta, e até um crime do passado faz parte do emaranhado de
informações que Virgil tem de compreender e interligar.
O livro é escrito de forma bastante fluida e
dinâmica, com bons personagens e uma boa dose de humor. As únicas ressalvas são
quanto ao número de personagens na trama e quanto ao seu desfecho. Há muitos
personagens na história. Por um lado, isso é um mérito, pois aumenta o número
de suspeitos e dá mais camadas à narrativa; porém, por outro lado, em alguns
momentos o leitor pode se perder com tantos nomes que lhe são apresentados e
que acabam não voltando à história ou não tendo importância alguma. Quanto ao
desfecho, ele foi satisfatório para a narrativa e amarrou bem todas as pontas,
contudo, foi um pouco previsível, o que não é um elogio quando se trata de
livros de investigação criminal.
Deixando de lado essas pequenas ressalvas, o saldo
final é positivo, pois o livro, sem dúvidas, possui mais acertos que erros. É
uma boa trama de suspense e garante diversão e uma leitura rápida e de
qualidade. Assim como já conhecia o trabalho do autor, irei continuar a ler
suas obras sempre que puder.
Trecho: “Agrupadas
no cais, umas dez mulheres assistiam à cena com aquele misto de curiosidade e
horror que geralmente produzem os assassinatos. Virgil jogou uma corda na
estaca, atracou o barco, saiu dele e firmou o casco para que Johnson e Don
descessem também. Contou ao xerife sobre os peritos.
–
Vamos lá ver se a gente consegue encontrar uma trilha no... no lugar em que o
atirador deixou a estrada” (Pág. 29).
Informações:
Título: Terra sem lei
Autor: John Sandford
Gênero: Suspense
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Borboletas azuis:
Agradecimentos à editora Arqueiro, por ceder o livro para o blog. Saiba mais sobre ele clicando aqui.
2 comentários:
Não tenho costume de ler suspenses, mas esse parece realmente intrigante. Com certeza darei uma oportunidade! Abçs
Gih
Oi Gih!
Dê uma chance à essa história, sim, tenho certeza que não irá se arrepender. É uma leitura bastante divertida!
Beijos!!! <3
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