“Ela
sentiu pertencer a ele, dizia, desde o momento em que o ouviu xingar em voz
baixa o motorista do caminhão da panificadora”
Meu amor, meu
bem, meu querido é um livro fofinho, pra ler e relaxar, pensar na vida, na
família e nos amores.
Com um enredo de fácil entendimento, personagens
simples, trama suave e narrativa fluida, as páginas passam rapidamente. Sem
fortes emoções, mas também sem decepções. A leitura entrega exatamente aquilo
que ela promete.
Ruby é uma adolescente que vive na pacata
cidadezinha de Nine Mile Falls com a mãe e o irmão. Seus pais são separados, e
o sofrimento da mãe com relação à separação é também abordado na trama.
Acompanhamos o momento em que Ruby fala com Travis
pela primeira vez, o cara rico e misterioso, por quem ela rapidamente se
apaixona.
Eles andam sempre na moto de Travis e vivem um
rápido romance, até que Travis tem atitudes erradas, que fazem com que Ruby
procure se afastar dele.
Assim, sua mãe, que comanda um clube da leitura (para
a terceira idade), a leva para as reuniões semanais, na tentativa de mantê-la
ocupada.
E é exatamente lá que Ruby aprenderá muito sobre a
vida. Não apenas através da leitura que o grupo está realizando no momento, mas
também ajudando no desfecho da vida dos próprios personagens.
A partir do momento que Ruby passa a fazer parte do
grupo de leitura, o livro ganha novos ares (antes centrados em seu romance
morno com Travis) e se torna mais interessante e intenso, ao mesmo tempo em que
acompanhamos a evolução da personagem.
É um livro indicado para todos, embora a
simplicidade da trama possa desagradar a alguns, mas com certeza vale a pena
ser lido e apreciado, sobretudo quando se procura uma leitura doce e despretensiosa.
Trechinhos
para apreciar:
“Sempre achei uma maravilha poder voar, como em As mil e uma noites, e, talvez, sobre um
tapete voador, sobrevoando países estrangeiros, cidades com pequenas torres, ou
mesmo com minhas próprias asas, levitando contra a gravidade, vendo coisas sob
uma perspectiva rara. Pegar carona na moto de Travis Becker foi uma experiência
próxima a voar, para mim” (Pág. 31).
“Num átimo, pensei que os nossos corações tinham
sido comprados por um preço muito barato” (Pág. 45).
“Para um olho destreinado, necessidade e amor eram
facilmente confundidos, como uma pintura original de um mestre e sua cópia.
Tudo o que eu podia fazer, então, era sentir aquele vazio no estômago, e dentro
do coração, e nomeá-lo amor” (Pág. 111).
“Pensei, então, que muito na vida era sobre ter e
não querer ou querer e não ter” (Pág. 135).
“Naquele momento, não sabia que havia outra pessoa
debaixo da chuva, naquela noite, sofrendo também” (Pág. 138).
“Por que o que é amor senão o mar?” (Pág. 220).
Informações:
Título:
Meu amor, meu bem, meu querido
Autora:
Deb Caletti
Gênero:
Romance
Editora:
Novo Conceito
Páginas:
240
Borboletas azuis:
Agradecimentos à editora Novo Conceito, por ceder o livro para o blog. Saiba mais sobre ele clicando aqui.
3 comentários:
Desde a primeira vez que via a capa desse livro, algo nele me chamou atenção. Alguns livros que possuem essa linguagem simples e fluida são ótimos, acho que preciso ler mais eles, assim como preciso ler mais no geral, mas enfim, adorei a resenha. - Felipe A Hora do Livro
Gosto de livros leves ^^ É bom para espairecer e tirar o foco da adrenalina e confusões do dia a dia e de outros enredos também néh? Gostei de saber que ele é um livro fácil e bonitinho :)
Bjs
Nunca li o livro, mas pretendo ler
Postar um comentário