Jogada Mortal é um dos mais recentes lançamentos da Editora
Arqueiro (site), parceira do blog, e trata-se, nada mais, nada menos, que um
novo título do prestigiado autor Harlan Coben que chega ao Brasil.
Se você conferiu minhas resenhas anteriores de seus livros,
sabe que sou super fã do autor. E, mais uma vez, ele me surpreendeu. Dos oito
títulos de Coben lançados pela Arqueiro, eu li cinco, e arrisco dizer que
Jogada Mortal está em meu “top dois”.
Afinal de contas, quando temos uma dupla tão fantástica
quanto Harlan+Myron, o sucesso é garantido.
Jogada Mortal, portanto, é mais uma obra com a simpática
figura do agente de atletas, Myron Bolitar. Para quem não está familiarizado
com o personagem, vou resumir sua importância. O autor tem duas linhas de
livros, sendo uma com e outra sem o querido Myron. E, confesso, é difícil
compará-las, uma vez que as narrativas com a presença de Bolitar são singulares
e sempre envolvem o mundo do esporte.
O agente, na verdade, é um ex-jogador de basquete que teve
sua carreira interrompida precocemente devido a uma lesão. Formado, então, em
direito e tendo já trabalhado para o FBI, Myron tem o dom de se envolver com
casos misteriosos no mundo esportivo e (in)felizmente não consegue ficar apenas
assistindo. Ele tem sempre que entrar no meio das investigações.
Em Jogada Mortal não é diferente. Com a ajuda dos também
simpáticos companheiros Win, Esperanza e Jess, presentes em outros títulos com
Bolitar, ele vê-se mais que nunca envolvido em uma trama policial.
A jovem tenista Valerie Simpson teve um colapso seis anos
atrás, no auge de sua carreira. Entretanto, agora resolveu retomar sua
trajetória no tênis e ir atrás de Myron para ser seu agente. Contudo, isso não
tem tempo de se concretizar. Valerie é baleada quando vai até um estádio à procura de Myron.
Sentindo-se responsável, de certa forma, e, a cada pista,
mais instigado a descobrir a verdade, Myron mergulha no passado da jovem
tenista, descobrindo outro crime que ocorreu há exatamente seis anos e que pode
(ou não) ser a chave para o assassinato de Valeria e para outros mistérios que
ele trouxe.
Nada mais a dizer, além de que tio Harlan é "o cara" quando se
trata de livros de ficção policial. Ele sabe construir e desconstruir pistas,
amarrar tramas e brincar com nossas mentes. Além de sempre ter um envolvimento
com certos aspectos da sociedade, fazendo-nos refletir.
Entre o personagem Myron Bolitar e o (tio) Harlan é quase
impossível determinar exatamente quando começa um e termina o outro na
narrativa. Com um humor refinado e regado à ironia, meu agente esportista
preferido com certeza tem grandes semelhanças com seu criador, principalmente
porque, com certeza, (tio) Harlan é tão ou mais “gente fina” que seu personagem
mais carismático.
O pedágio custava quase quatro dólares [...]. Myron entregou o dinheiro
ao atendente: “– Só quero dirigir na estrada – falou. – Não comprá-la”. Nem
mesmo um sorriso simpático. Reclamar sobre o preço do pedágio. Um daqueles
sinais de que você está se tornando o seu pai. Daqui a pouco, Myron, você vai
gritar só porque alguém aumentou a temperatura do termostato (Pág. 53).
Para quem não conhece o autor e o personagem em questão,
fica aqui minha dica. Mas vale a pena dizer que Harlan Coben arrasa, sendo uma
história de Myron Bolitar ou não. E os finais são sempre surpreendentes e
clássicos. Mais uma vez, ele construiu, em Jogada Mortal, um desfecho grandioso
e inesperado para uma trama muito bem detalhada e explorada, com direito a
crimes, investigações, romance, boas doses de humor e sarcasmo e, claro, muito
suspense.
“A garota estava caída de cara no chão em frente a uma barraca que
servia champanhe a 7,50 dólares a taça. Myron a reconheceu de imediato, mesmo
antes de se agachar e virá-la de barriga para cima. Mas, ao ver o rosto dela,
os olhos azuis gélidos encarando-o de volta no último e imutável olhar da
morte, seu coração afundou no peito. Ele olhou para Win. O amigo, como sempre,
mantinha-se impassível: – Agora é que ela não vai mais voltar” (Pág. 13).
Informações:
Título: Jogada Mortal
Subtítulo: Quando se foge
do passado, o futuro nunca é promissor.
Autor: Harlan
Coben
Gênero: Ficção Policial
Editora: Arqueiro
Páginas: 256
Borboletas azuis:
Agradecimentos à editora Arqueiro, por ceder o livro para o blog. Saiba mais sobre ele clicando aqui.
5 comentários:
Oi, Fabi!!
Eu li 2 livros do Harlan Coben: Quebra de Confiança e Jogada Mortal, nessa ordem! Amei os 2, tanto que sorteei o 1º e estou sorteando o 2º no meu blog!!
Eu não sabia que o autor tinha uma personalidade parecida com o Myron Gente-Finíssima Bolitar! Adoro esse personagem!! Ri à beça com as tiradas dele nesse livro! Ele tem sempre um jeito sensacional de provocar aqueles que mais sente ódio dele, hahaha! E o Win e a Esperanza não ficam atrás no quesito hilariedade, rs.
Com certeza vou ler mais livros do Harlan Coben e sei que vou acabar me tornando fã dele que nem você!! =)
beijão!
Mais um que vc indica e que vou ser obrigada a ler.
Terminei Cilada ontem, genial. Achei o Harlan demais! Virei fã rs
Parabéns pela resenha, Fabi.
Beijo Fran
Oii meninas!
Fran: fiquei feliz que tenha lido Cilada, é demais, né? Quando puder, leia mais "Harlan" mesmo hehe... todos são ótimos! O Jogada deve mesmo entrar pra sua listinha rsrs...
Lia, tbm conferi sua resenha, está demais!
Assim como vc, li na ordem, primeiro o Quebra de Confiança e agora o Jogada. Gostei mais do segundo, mas quando o assunto é Harlan Coben, todos são ótimos! Tbm dou muita risada com o humor do Myron! Aliás, é suposição, pelo que acompanho do autor, que ele coloca muitos traços seus no personagem rsrs... Adoro o Win tbm, ele tem o dom de estar sempre no lugar certo, na hora certa e de falar apenas o necessário rsrsrs...
Beijão!!!!
Tenho muitaaa vontade de ler um livro deste autor. Por sorte ganhei o "Não conte a ninguém", quero ler logo...os livros desse autor parecem ser ótimos. :)
Leia mesmo, Fer.
Depois quero saber o que achou dele. Sou fã e, portanto, suspeita para falar haha.
Beijo!!
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