Nova entrevista - Juliana Ferreira, autora de Minhas Lembranças

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Juliana e eu na Bienal do Livro, RJ

Entrevistada: Juliana Ferreira tem 18 anos e vive no Rio de Janeiro, é autora de Minhas Lembranças e seu segundo romance sairá em breve.

1-      Quando começou a escrever profissionalmente e o que te levou a essa profissão?
Profissionalmente foi quando terminei de escrever alguns livros que me levaram a escrever o “Minhas Lembranças”.
O que me levou a ser escritora foi, na verdade, pensar que um dia as meninas poderiam gostar de algum personagem que eu fizesse. E acho que deu certo, rs. Mas acima de tudo, hoje o que mais me impulsiona a exercer essa profissão tão difícil, é ajudar as pessoas com o que eu escrevo.

2- Diga qual o primeiro livro que teve grande impacto em sua carreira e por qual motivo.
Tenho certeza de que foi “Amor de Redenção”. Ele é baseado no livro bíblico de Oséias, e como sou cristã esse livro mexeu demais comigo, e o que mais me deixou impressionada é que o livro é um baita de um romance! É lindo e muito bem construído, é o típico livro que te faz pensar “quero um dia escrever uma história tão bem construída como esta”. 

3- Se pudesse conhecer algum autor pessoalmente (que ainda não conheça, pois sei que teve muitas oportunidades na Bienal do Rio), qual seria e o que diria a ele.
Nicholas Sparks.
Eu diria que ele é uma inspiração e um exemplo de vida para minha pessoa e meu trabalho.

4- Conte-nos um pouquinho sobre seus dois livros escritos.
O primeiro é um romance/drama/sobrenatural que se passa no interior de Londres. O romance entre a Ônix e o Calebe tem um quê de mistério pelo fato de a genética deles ser diferente, o que faz com que tenham visões de pessoas mortas. O mistério de Calebe é desvendado no início do livro... Mas, mesmo assim, o leitor é dividido pelo sofrimento que o casal passa por causa desse segredo, e pela angustia de ver o que eles têm que enfrentar, além das coisas que já enfrentam.
O segundo é um romance/drama, contando a história de uma Irlandesa que se chama Ailli. Ela acabou de perder o namorado, que tinha uma doença no sangue, ele já sofria com a doença, porém ele não contara nada. Só depois da sua morte, ela descobre o que ele tinha. O segundo livro é um livro para ajudar as pessoas a entenderem que há um tempo para tudo acontecer, o medo das pessoas em amar outra vez, o medo de se entregar... É uma longa trajetória que Ailli vai percorrer até se entregar ao amor pleno outra vez.

5- O que te inspira para começar a escrever uma história?
Música e os cenários naturais do lugar em que moro.

6- Como você vê o mercado editorial nos dias de hoje? Teve dificuldades em sua primeira publicação?
Eu vejo que há muita falta de apoio. Somos jovens, temos histórias espetaculares, porém, cruas... Temos que ter alguém para nos ajudar a desenvolver, e isso não acontece. O jovem escritor por si só, como não tem idade de entrar na Faculdade, deve estudar muitos livros técnicos, ler muito, estar ciente de qual é seu público, qual é o propósito daquele livro... Enfim, é uma tabela de regras que muitos pulam. Claro que, o mercado deveria investir, sim, mais nos autores nacionais.
Para publicar o meu primeiro livro não tive dificuldades por que paguei. Então, tudo com dinheiro fica bem mais fácil nesse ramo.

7- Qual o maior desafio que já encontrou até hoje?
Aprender a desenvolver a personalidades dos personagens na minha cabeça. É um elenco que se forma na sua mente, e, como você não tem uma equipe para lhe ajudar, às vezes os personagens ficam muito parecidos uns com os outros. Isso leva tempo para estar bem definido na mente.

8- Qual sua visão, enquanto nova autora nacional, sobre o mercado editorial no Brasil?
Sinceramente? Hoje em dia, eu não mando mais nada para editoras grandes, sei que não tenho chance com elas. Elas querem vender o que está na moda e eu não vou mudar o que escrevo para editora nenhuma. Como eu disse, eu prefiro pagar para ser publicada, mas ter uma história como eu planejei e uma coisa que não esteja no padrão vendas no momento, como Vampiros, anjos, lobisomens e outras coisas mais. Muitos jovens andam escrevendo isso para ter um original aceito... Cada um tem uma história para contar, não acho legal esse lance de escrever o que está no momento para ser aceito num grupo editorial, moda dá e passa.

9- O que você acha sobre publicação independente?
É algo totalmente cansativo, apesar de que, tudo o que você gastou, volta para você. Mas você tem que se empenhar em vender, divulgar, ter muita coragem de chegar em livrarias pedindo um espaço, divulgar numa Bienal, enfim... É bem cansativo, mas vemos com o tempo o retorno. Tudo tem que ter um começo.

10- Dê uma dica para quem deseja se tornar um escritor.
As dicas que dou são: Ter coragem para entrar no mercado. O público é exigente, pois quer ler coisas boas. Ter coragem de receber opiniões dizendo que seu livro é bom, mas que não é um dos melhores que aquele leitor leu. Ser escritor, além de ter talento, é ter força de vontade, coragem, e saber que você não vai se tornar uma J.K. Rowling ou uma Stephenie Meyer de um dia para o outro, e nem se tornar milionário como a JK é. Quer ser escritor? Então escreva um livro e depois outro e depois outro, e aí os delete. Quando tiver certeza do que está fazendo, querendo, e do que fez, só aí mande para alguma editora que tenha o perfil de sua história. 

Para conhecer o blog da Ju, visite: www.escritasobreatela.blogspot.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Own que lindoo!!! Obrigada pela oportunidade! E a sua entrevista logo logo ficará pronta!
A foto do William aqui também ao lado hehehehe

Fabiane Ribeiro disse...

Não precisa agradecer Ju, é um prazer ajudar a divulgar amigos escritores! As respostas estão ótimas!!
Vc viu meu William??? Ah, q saudades!!!!rsrs

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